quarta-feira, 18 de maio de 2011

depende de como você vê..



-Claire, o que você vê nessa foto?
-O que eu vejo? Humm... (silêncio). O fim.
-Explica?
-Ah, Lucy! É simples. Eles estavam bem. Ela o abandonou. Ele sofreu. E agora vai tentar seguir em frente.
-É isso mesmo que você vê?
-Sim. Por quê?
-Você não acha que às vezes o problema é também a solução?
-Aonde você quer chegar?
-Tenta olhar, agora, da direita para esquerda. Ele sozinho em pleno verão, triste por qualquer motivo. Pode ter sido despedido do emprego, pode ter sofrido por amor, o cachorro pode ter morrido. E ele se lamenta; verão, inverno, outono. Sempre na mesma praça, sempre no mesmo banco. Talvez ela passasse ali todo dia e tenha começado a se preocupar com ele, com todo aquele mistério que ele tinha nos olhos, toda aquela caixinha de surpresa que era a vida dele. E talvez ela tenha se perguntado sobre o que ele estava sentindo, pensando, querendo e resolveu tentar ajudar. Então, em uma madrugada, antes que ele acordasse, ela se colocou ali no mesmo banco. E quando ele abriu os olhos, lá estava ela disposta a ajudá-lo com o que fosse.
-E ele disse qual era o problema?
-Pra quê, Claire? Ele já tinha a solução.

segunda-feira, 16 de maio de 2011


Me disseram que ter um filho e, consequentemente, abrir mão da bagunça, iria ser difícil. Que encarar uma sociedade hipócrita, por ser mãe aos 22 anos, ia me pedir forças infinitas. Me falaram das dores do parto, do corpo diferente no pós parto, das noites mal dormidas e da juventude perdida.
Mas nunca me contaram que o difícil mesmo seria ter que ir para vida, tentar ganhar o mundo e não poder ficar com esse pedacinho de mim 24h por dia; que cada sorriso que eu ganhasse dele valeria mais que uma balada, beijos sem emoções e bebidas que, no dia seguinte, não são boas recordações. Não me contaram que esse cheirinho de bebê empreguina na alma e que ficar sem ele, nem que seja só pra comprar alguma coisa pra comer, iria doer mais que a própria fome. Agora eu sei porque nunca gostei de ouvir determinadas coisas. As pessoas falam muito, criticam demais. Por isso temos sempre duas opções: reclamar ou simplesmente ser feliz. Eu escolhi ser feliz.

- não encontrei o nome do autor, mas espero que você esteja sendo feliz também -

beijos!
Related Posts with Thumbnails
Licença Creative Commons
This obra by Camila Milano is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Compatilhamento pela mesma licença 3.0 Unported License.
Based on a work at camilamilano.blogspot.com.