quarta-feira, 29 de setembro de 2010

love is in the air




e nós estávamos ali, rodeados de gente. Numa tarde qualquer, num dia e hora que pouco importavam. Eu e você, num pôr do Sol lindo, não só pelo lugar e pelo céu e sol, mas lindo principalmente porque estávamos os dois juntos, e era como se o Sol iluminasse mais ainda o teu sorriso e fizesse o meu olhar brilhar mais do que o normal por estar ao teu lado. Pouco me importavam as pessoas a nos observar. E a gente permanecia naquela rede, e era bonito de se ver. Se fecho os olhos, tuas feições me aparecem, como num filme na mente. Eu deitada em seus ombros largos, tão frágil, mas tão segura. Qualquer coisa parecia menor ao perceber a grandeza do nosso amor. Num suspiro, cheio de dengo você me ajeitou no teu abraço.
Um amor amigo, um amigo tão amado. Um cheiro, um dengo, o silêncio que não incomoda, não dói. Conversas sortidas, sérias ou besteiras e brincadeiras de criança, com você as coisas ficam calmas, tranquilas. Num dia qualquer, a beira mar, a luz do sol ou da lua, num centro urbano ou no campo. O meio, modo, local, horário ou dia, pouco importam. Estar com você é único. O sol dá animo, o teu sorriso me alegra, as flores me dão a sensação de estar num conto, desses de fada.
É primavera, e a gente fica tão bonito junto, dá gosto de ver.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Feridas rasgadas


Eu estava sentada em meu quarto, próxima a janela, pensando naquilo que tanto me angustiava. Meu irmão brincava de bola no quintal com os amigos dele. Foi quando eu, distraída senti cacos de vidro atingirem meus braços. Meu irmão acertou em cheio a janela do meu quarto. Estilhaçou em mil caquinhos. Olhei e vi sangue em meus braços e mãos. Gritei e logo em seguida meus pais vieram me socorrer.
Fomos direto pra emergência do hospital. Sofri cortes leves, mas que me doeram um bocado. Fui medicada e uma das enfermeiras tentando me deixar mais calma logo veio me dizer que iria cicatrizar rápido e que não deixaria marcas. E de fato foi o que aconteceu, tomei todos os remédios recomendados e logo todos os cortes cicatrizaram. A marca era quase que imperceptível aos olhos.
Alguns meses depois, quando fui jogar vôlei, fui empurrada e senti uma dor incomoda no local onde sofri o incidente da janela.
Nos dias subsequentes continuei sentindo dores, e a cada dia que passava se tornava mais incomodo, estava muito dolorido. Até o dia em que sentei no chão e chorei, de dor. Fui ao médico e pedi ajuda.
Contei tudo o que havia acontecido, desde os cacos de vidro que penetraram em minha pele até a colisão no jogo de vôlei.
O médico me olhou com um olhar caridoso, por um minuto deixei de sentir dor. Ele se aproximou e disse com uma voz tão tranquila e ao mesmo tempo firme:
- Minha querida, o que eu vou te dizer, talvez não te agrade num primeiro momento, mas é para o seu bem, acredite.
- Ai, preciso dizer pro Senhor que eu estou com medo.
- É normal, você não sabe o que vai acontecer. Deixa eu te explicar. Pelos exames feitos, eu estou vendo que ainda tem alguns vestígios de vidro no seu braço. Vai ser necessário que eu abra novamente as tuas cicatrizes e retire todo e qualquer vestígio de vidro e qualquer outro tipo de corpo estranho.
Eu queria poder ter visto a minha cara quando ele disse que teria que reabrir minhas feridas já cicatrizadas. Com certeza minhas feições não foram nada boas.
- Bem, eu confesso que estou com medo, mas o Senhor já tem muita experiência, então, só me resta confiar.
- Então é melhor começarmos o quanto antes.
E assim foi, ele abriu cuidadosamente cada marca em mim, chegou a abrir mais do que devia algumas delas. Doeu, muito até. Mas ele conseguiu retirar tudo. Tudo o que poderia me agredir, me machucar e me ferir mais ainda, foi retirado com sucesso. Nada mais poderia me atingir, pelo menos no que diz respeitava àquelas feridas.
No fim dá micro cirurgia o médico que agradeceu por eu ter confiado nele e sorriu.

Pois é exatamente isso que Deus quer fazer com você. Ele não quer só cicatrizar as tuas feridas, Ele quer ir além, mais fundo. Muitas das vezes é isso que acontece com a gente. Nos ferimos, sentimos uma dor enorme. Pensamos que jamais irá passar. O tempo aparentemente cicatriza a ferida, mas ainda guardamos dentro de nós o medo, a insegurança, a magoa, o ressentimento e tantos outros sentimentos ruins.
Por fora cultivamos a sorriso, a alegria, mas por dentro estamos sangrando ainda. Tudo dói. Qualquer esbarrão, por menor que seja pode fazer doer mais ainda. Um simples "Hey, você tá com uma manchinha ai na blusa, hein?!" pode desencadear uma crise de choro ou uma hemorragia interna.
Deus nos permite passar por determinadas situações para que passamos reabrir essas cicatrizes e assim Ele retira todo e qualquer mal que há em nós. Nos faz perceber que dói sim, mas passa.
Talvez você diga que é muito simples eu dizer tudo isso. Mas essa é a realidade. Eu já passei por isso, e digo, o sofrimento é válido! Deus é muito maior do que podemos imaginar. Suas graças vão muito além das que nos achamos merecedores.
A solidão que você sente e o vazio que te domina, a solução não é bem essa que você possa estar pensando. O que te falta não não são pessoas, não são coisas do mundo. e menos ainda coisas materiais. O que te falta é aquele abraço apertado de Pai, o Pai do Céu que quer te fazer feliz., aquele que sempre esteve ao teu lado, mas que talvez você não tenha se aberto o suficiente para sentir. Ele não é rude, Ele respeita as tuas vontades e só ira interferir se você permitir. Ele quer ver tuas feridas não só cicatrizadas superficialmente, mas num todo, dentro e fora.
O caminho é árduo, duro, difícil. Provavelmente você irá pensar em desistir, tamanha dor. Você se vê fazendo tudo certo, mas a bonança não vem. Tudo tem dado errado, seus sonhos desmoronando, seus planos sem um jeito lógico de se concretizarem. O teu relacionamento não dá certo, isso se você tem um. Tuas amizades não se mostram no momento em que você mais precisa. A família? Ih, essa tá uma confusão só.
Mas pensa bem, você já não esteve em situação pior? Você realmente acha que tudo é ao seu modo e tempo? Só porque você tem feito tudo certo merece um prêmio bem na hora? Só tempestade na tua vida? Se você se encontra na situação em que está hoje, não teve uma parcela mesmo que mínima de culpa?
Assim como Deus quer mexer em nossas feridas, Ele sabe bem a hora de nos mostrar o arco-íris. Tudo tem um tempo certo. Hoje eu percebo que nada na minha vida foi em vão. Nenhum sofrimento que eu passei foi sem sentido. Eu me revoltei algumas vezes, mas Deus me permitiu que eu visse depois o quão bom Ele foi ao permitir tudo aquilo e me perdoou por tudo o que fiz e que não o agradou.
Cada um sabe bem a sua dor, o seu sofrimento. E não importa se você já errou, se você vacilou quando Deus te deu uma oportunidade. Deus quer sempre seus filhos por perto, e até aquele que não se ache merecedor do Seu Amor, Ele dá sempre uma nova oportunidade, Ele quer cuidar de você.Ele não desistiu de mim. E Ele não vai desistir de você.


"Rasgo suas feridas, mexo em sua vida. Abro suas chagas, toco em suas mágoas.
Vai doer um pouco, mas logo vai suavizar. E as chagas tão abertas vão cicatrizar."
- Feridas Rasgadas, Anjos de resgate -


quinta-feira, 23 de setembro de 2010

porque não era ele.


Eu sei, você talvez nem acredite, mas eu chorei. Era impossível olhar pra trás e não perceber o vazio que até então eu não compreendia. Dentro de mim percebia a inexatidão das minhas palavras ao longo do tempo. O "eu te amo" que sai no automático e sua resposta era um "também" sem abalos no coração.
Uma relação de começo, meio e ... cadê o fim? Minhas aceitações sem maiores explicações. Meia dúzia de palavras e muita enrolação da sua parte, um sorriso de que "tá tudo bem" me vinha ao rosto, tentava esquecer as indas e vindas, as instabilidades desse nosso relacionamento. Desejava o teu corpo, a tua alma, a tua atenção. Continha os meus "porquês" e lágrimas. Eu impulsiva, você um inconstante. Uma combinação nada adequada ao meu pobre coração. Eu tentava mudar meus limites e você nada fazia, sempre foi assim. Na volta, nada mudava, estávamos no mesmo ponto de antes, igual, monótono. Tudo continuava igual, um amor desigual, desproporcional, onde eu pensava amar demais e pouco sentia-me correspondida por você. Seus momentos e humores, talvez incompreendidos por mim, ou talvez era eu que nunca me sentia compreendida por você. Você nunca me dizia o que pensava, tuas ideias, planos, críticas, vontades e do nosso futuro menos ainda. Eu bem que tentava balbuciar as primeiras palavras, ensaiava uma longa e esclarecedora conversa, mas na hora não conseguia me abrir por completo, pouco falava. Um misto de constrangimento e medo, por nunca ver em você a mesma vontade que eu possuía, vontade de me fazer presente nos teus dias sem maiores esforços, de me abrir a uma relação mais sincera, mais amiga, mais concreta, menos eu, menos você e muito mais nós.
Os erros não são teus somente, eu me permiti e te permiti tudo isso. As aceitações, os medos contidos e não ditos, as lágrimas escondidas no banheiro da tua casa e muitas, mais muitas omissões. Coisas das quais, talvez, você nunca nem desconfiou, por não prestar atenção nos mínimos detalhes. Me pergunto hoje, seria isso amor ou comodismo? Medo talvez? Coisas ainda incompreendidas por mim e com certeza completamente desconhecidas por você. A distância nos pregava peças, sentimos falta um do outro, mas isso ainda não me fazia ter certeza desse tal amor, e me remetia ao pensamento comodista. Você se fazia metade, não se apresentava por inteiro. Enquanto eu estava completa, inteira em tuas mãos. Cansei de compreender o incompreensível. E estamos agora aqui no mesmo ponto onde tudo terminou começou, eu incompleta, não por vontade própria, mas porque a vida me levou alguns pedaços, e você metade, por opção. Acho que se algum dia houve amor, a sua indiferença foi matando lentamente... Como posso eu sentir falta de algo que nunca tive? Não sei explicar, eu apenas sinto.

beijos do seu desamor.


inspirado no texto "Porque era ele, porque era eu." do Blog Calmila, por Camila Paier

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

e a cada giro ..



Já é quase de manhã, e eu ainda nem dormi, Fiquei lembrando das coisas bobas que você me disse, do seu sorriso sem jeito. E a cada palavra que você dizia, eu me perguntava qual seria o momento que elas cessariam. Não que eu pouco me importasse com elas ou que não estivesse prestando atenção, pra falar a verdade eu gravei cada palavra, cada pausa e cada vírgula sua. Mas queria tanto o silêncio, queria que ele por um momento imperasse, e ai então, você me beijasse.
O tão esperado silêncio veio, de mansinho. Num segundo senti todo o meu corpo estremecer. Mas ele, o silêncio, veio só, desacompanhado do meu beijo, dos seus lábios.
Ao menos pude apreciar o teu sorriso, quando os nossos olhos tentando fugir um do outro, se encontraram por um breve momento. Foi o suficiente para que o sorriso largo e as covinhas aparecessem. Num misto de vergonha e intimidade.
Numa próxima oportunidade, deixo esse constrangimento e te digo o quão feliz e até abobalhada eu fico ao te ver sorrir. Mas pra falar a verdade eu até acho que você já percebeu, porque depois desse breve encontro de olhares, você não parou mais de sorrir. Seria isso proposital? Uma provocação a esse meu coração frágil e louco por ti?
Lembro bem que como num sopro, sem mesmo eu sentir, você me puxou pra uma dança. Quando me vi, já estava no meio do salão, bailando contigo. E a cada giro parecia, que a minha perna sucumbia de agonia* por estar contigo e querer ser tua, não mais tão somente uma amiga.
Indescritível aquele momento. Nenhuma palavra se quer, nem mesmo um beijo, mas perfeito. Nossos corpos pareciam um só. O teu balanço era tão previsível pra mim, como se tu fosses parte de mim, parte integral do meu ser. Era como se você pudesse ler cada pensamento meu e soubesse a cada passo o que eu faria.
E no fim de tudo, quando a música se resumia num instrumental lento, lindo, quase parando, a tua frase veio completar a minha noite, junto do teu sorriso, que passou a ser habitual aos meus olhos: "Eu gosto tanto de ti, de estar contigo."
Na volta pra casa, mais bobeiras e besteiras, você me faz rir, e talvez, sem que você perceba até, me sinto protegida ao teu lado.
Saiu do carro, abriu a porta, me estendeu a mão, um gentleman. O som do carro alto, sem silêncio algum, e ele veio, o meu tão esperado beijo, pra fechar muito bem a noite. E mais tarde você vai vir aqui, me encontrar com olheiras horrendas. O sono não vem. E agora, me diz, como dormir depois de tantas emoções, tanta perfeição? O sol já vem vindo, o meu sorriso não se desfaz, e o meu coração insiste em relembrar cada momento.

*trecho em negrido é da música - Só sei dançar com você, da Tulipa Ruiz.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

ao amigo


- ah vem comigo, me dê suas mãos, para de graça! Você nem tá cansada.
- Olha, Matheus, para de graça você! Tu sabe bem que eu tenho medo de altura.
- Eu te seguro, o máximo que pode acontecer é a gente morrer ou ficarmos completamente molhados, Ju.
- Obrigada pelo consolo. - Com uma expressão estranha, num misto de medo e desespero Juliana estendeu sua mão e foi com Matheus até a plataforma mais alta da piscina do clube. Sentaram-se na ponta e começaram a conversar, sob um céu lindo e estrelado.
- É incrível como a vida dá voltas, ? Quem diria a uns tempos atrás que a gente estaria aqui sentados, juntos e eu sem dar em cima de você! - os dois soltaram uma gostosa gargalhada, mas Ele logo continuou - é, mas que você continua gostosa, ah isso continua. - Num tapa nas costas que quase derrubou Matheus da plataforma, Juliana se mostrou irritada, mas logo deu de ombros e abraçou o amigo.
- Percebeu que com a gente foi tudo acontecendo ao contrário?
- Como assim , pamonha?
- Ui, não fala assim se não eu gamo! Mas agora falando sério, é que geralmente os casais se tornam amigos, depois "ficam" e ai namoram. Primeiro a gente ficou, e só depois que não deu certo, é que ficamos amigos. E o melhor, sem maldades, pelo menos da sua parte.
Dando outro empurrão em Matheus, Juliana concordou e completou:
- Pois é, Deus foi bom com a gente, porque mesmo que nossos caminhos não tenham se entrelaçado com um namoro, Ele permitiu que eu te tivesse como amiga, e eu sou muito feliz por isso.
- Nem eu sabia que você pensava assim, pra falar a verdade eu também sou muito feliz por ter você como amiga e aturar minhas esquisitices.
Eles se abraçaram como de costume, então Matheus a puxou. Os dois cairam da piscina e quase sem folego, dentro d'água mesmo, Ju tentou afogar Matheus. Duas crianças juntas, dois amigos inseparáveis na vida.
- é bom te ter aqui!


segunda-feira, 6 de setembro de 2010

jogos e escolhas


eu queria poder te contar as coisas que se passam aqui por dentro de mim. Os meus sentimentos, os meus medos e incertezas. Queria poder olhar nos teus olhos e sentir que você que ama, sem duvidas, sem meio-termo. Queria fazer essa angustia passar, desabafar nos teus braços e contar-te meus maiores segredos. Meus olhos se enchem d'água, meu coração parece estar entre cordas, apertado, amarrado. Nada do que eu faço muda essa sensação. Me falta a oportunidade, ou melhor, me falta a coragem necessária pra por na mesa essa confusão e por cada carta em seu devido lugar. Isso não é um jogo, não existem cartas marcadas, nada é premeditado. Mas eu preciso sim expor as coisas, as cartas. E pra falar a verdade, penso comigo mesma se você não encara isso como um jogo, não de cartas, mas de desafios.
Se você ganha, eu perco. Se eu ganho, você ganha também. Todas as opções lhe são favoráveis. Eu, ao menos uma vez, quero ter a sensação de que você me tem como prioridade e que eu sou muito mais do que alguém com que você pode sempre contar, independente da situação. Não quero mais ser uma opção, uma válvula de escape nos momentos ruins.
Poder me permitir ser envolvida pelos seus braços e ficar horas olhando dentro dos seus olhos, sem medo daquele silêncio constrangedor. Seria perfeito! Te fazer carinho sem medo de uma interpretação errônea e ter a insegurança de que isso pode fazer com que você se afaste mais ainda de mim.
Me pergunto as vezes se o que sinto é real, se é amor. Penso, sofro, choro e chego a triste conclusão de que é e sempre foi amor. Um amor mal amado, mal interpretado, pouco demonstrado, pouco "sentido" até, eu diria. Amor, quando é de fato amor, tem que ser falado, tem que ser sentido, demonstrado; não precisa ser gritado, escandalizado, banalizado, isso jamais. Basta ser exposto de maneira discreta, sem grandes alardes. Só eu e você, pra que mais? Pra mim é o número exato, eu, você e Deus. Três que se transformam em um, perfeito!
Um dia eu espero que você leia tudo isso e saiba que é de você e com você que eu estou falando. Necessito com urgência que você entenda tudo isso da maneira mais clara possível. Que perceba que o que eu sempre quis pra mim, era e é você. Nossos planos, mesmo que distorcidos por criações diferentes, sempre foram os mesmos.
O pior é que você não se abre, não se dá essa oportunidade. Se proteger é uma coisa, se fechar pro mundo, é outra completamente diferente. Riscos são inevitáveis nessa vida. Erros meus me trouxeram aqui, me fizeram ser o que sou hoje, e não me arrependo de nada. Me fizeram ser alguém melhor. Tenta, ao menos uma vez. A vida é feita de escolhas, e espero que você faça a certa. Ganhar ou perder, não é o que importa agora.


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