quinta-feira, 8 de abril de 2010

fascinação


(...) As palavras passam a ecoar em minha mente e a minha alma clama por sentenças.
Os meus dedos frios e o meu corpo gélido não consegue se mover.
Eu queria aprender mais sobre os teus olhos que tanto escondem. Queria entender cada movimento teu.
Porque ? Porque tu insiste em quebrar a muralha que eu havia construído ?
O meu controle escorre pelos meus dedos e eu não consigo segurá-lo. O meu desejo queima. O fogo pulsa por minhas veias e me faz querer correr, até onde tu está.
Me faz querer gritar. Me faz querer te sentir por perto.
Oh, diga-me então, porque me prendes tanto ?
Porque me fascinas tanto ? Porque me preenche tanto ?
Tua voz me deixa tonta e a tua respiração me faz querer prender a minha. Só pra te ouvir um pouco mais, te sentir o quanto eu puder.
O meu coração já esmagado, volta a bater quando ouve o teu nome e o meu sangue flui lentamente.
Cedo, tarde, amanhã, depois ... hei de ver o teu rosto na minha frente. Hei de sentir o calor da tua respiração, a sensação de te sentir.
Sobrevivo dia após dia, olhando a luz do luar, que constantemente clareia o meu quarto, me impedindo então de viver na amarga escuridão.
Meu mundo está se refazendo. Então eu aprendo a demonstrar o que eu sinto, de tal modo que chego a efusividade. Minha muralha de escuridão se desfez, pedaço a pedaço.
Estou cada vez mais certa de que o que eu quero, está perto. Talvez mais perto do que eu imagine, talvez mais longe do que eu queira.
Eu espero não perder a vontade de te ter por perto. Eu temo a perder. Parece quase que infinita. Mesmo que eu não possa sentir, tudo o que eu sinto. Mesmo que eu não possa estar onde eu estou, desejar como eu desejo, falar do modo que eu falo. Mesmo que eu não possa. Mesmo que tu não esteja nas minhas mãos. A minha vontade de te ter por perto, é errada. E creia, eu amo errar. Amo ser a errada.
Não me sinto mais sugada pelo buraco negro chamado mundo.
Eu me sinto minha.
Enxergo hoje, uma nova vontade. Antes de qualquer coisa, eu temia te ter, de qualquer maneira.
Confiar, era o ultimo verbo que eu pensava em cometer, quando se tratava de ti. Surpreendentemente, foi o primeiro.
Não vejo dificuldades em me entregar e deixar que os meus olhos brilhem ofuscantemente quando em ti penso.
Fruto de um encanto sem fim, tu me tomou pra ti. Não que tu quisesse.
Mas tu quebrou todo e qualquer obstáculo que havia para chegar até o meu coração e então entrou nele de uma maneira brusca. Tu me quebrou em pedacinhos. E me montou.
Faz isso, todos os dias e não se cansa. Não se cansa de me fascinar, ensinar, montar, desmontar, remontar, odiar, amar, reamar.
Encantar. (...)

Nenhum comentário:

Related Posts with Thumbnails
Licença Creative Commons
This obra by Camila Milano is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Compatilhamento pela mesma licença 3.0 Unported License.
Based on a work at camilamilano.blogspot.com.